Dançar é espalhar raios de sol!

segunda-feira

Possui esse caminho um coração?





“Qualquer caminho é apenas um caminho e não constitui insulto algum – para si mesmo ou para os outros – abandoná-lo quando assim ordena o seu coração (...) Olhe cada caminho com cuidado e atenção. Tente-o tantas vezes quantas julgar necessárias... Então, faça a si mesmo e apenas a si mesmo uma pergunta: possui esse caminho um coração? Em caso afirmativo, o caminho é bom. Caso contrário, esse caminho não possui importância alguma.”


Carlos Castañeda, “Os ensinamentos de Don Juan”

domingo

O ritmo mágico da dança





SIMBOLOGIA X MOVIMENTOS


A Cabeça : desloca-se como uma serpente
Os braços : asas de um pássaro voando, serpente se movimentando
As mãos : representam as flores, os peixes , o ar , a água , o fogo . É onde se expressa a graciosidade da bailarina
O Busto : é onde está a sensualidade , mas também o amor maternal
Os ombros : dão ritmo mágico à dança
O ventre : pulsa, vibra, ondula, mostrando a magia de gerar uma vida
A sinuosidade (quadris e tronco ): desperta o inconsciente , revela emoções reprimidos e libera a energia vital da mulher
Os pés desenham no solo os símbolos sagrados
Os olhos : mostram a força magnética da conquista
Camelo: correr das águas
Shimies : fogo, o despertar da kundaline (nossa serpente de fogo adormecida na base da coluna)
Redondo Grande: força da Mãe Terra




"Você que move o mundo, mova-me também.
Remova-me das profundezas e eleva-me ao alto, a Você.
Eu danço esta canção do silêncio.
E movimento meus pés pela música do cosmos.
Eu dirijo minha dança ao Paraíso
E sinto Seu sorriso me abençoando."

(Bernhard Wosien)

Terpsícore, a deusa da dança


Com a benção de Terpsícore


Conta-nos que após a derrota dos Titãs os deuses do Olimpo pediram a Zeus que criasse divindades capazes de celebrar condignamente a vitória. Zeus uniu-se então a Mnemósine em nove noites consecutivas de amor, e depois, ela pariu as nove musas.



As Musas eram deusas que personificavam e presidiam o pensamento em todas as suas formas. Cada musa protegia uma certa arte ou ciência. Viviam no Monte Olimpo com seu líder, o deus Apolo. Com ele permaneciam jovens e belas eternamente, e com ele aprenderam a cantar. Podiam ver o futuro, o que poucos deuses podiam fazer, tinham também o dom de banir toda tristeza e dor. As musas tinham vozes agradáveis e melódicas e freqüentemente cantavam em coro. Os primeiros escritores e artistas gregos pediam inspiração às musas antes de começar a trabalhar. Qualquer uma delas podia ser invocada, apesar de cada uma proteger uma arte ou ciência especial. Musa é uma palavra que vem do grego "mousa"; dela derivam museu que, originalmente significa "templo das musas", e música que significa "arte das musas".





Seus nomes eram Clio, Euterpe, Tália, Melpômene, Terpsícore, Erato, Polímnia, Urânia e Calíope.



Calíope: considerada a chefe das musas, é a deusa da poesia épica. Algumas vezes é retratada carregando uma tábua de escrever. Calíope sabia tocar qualquer instrumento.


Clio: deusa da história, seu símbolo é um rolo de pergaminho e sempre carrega uma cesta com livros. É creditada a ela a introdução do alfabeto fenício na Grécia.


Erato: deusa da poesia de amor; seu símbolo é a lira.


Euterpe: deusa da música e da poesia lírica, seu símbolo é a flauta. Dizem que foi ela que inventou a flauta e outros instrumentos de sopro.


Melpômene: deusa da tragédia; seu símbolo, uma máscara trágica e usa botas como os antigos atores de dramas.


Polímnia: deusa da poesia sacra e dos hinos; seu símbolo é um véu e é sempre retratada com um semblante sério e pensativo.


Terpsícore: deusa da dança, seu símbolo é uma lira ou címbalos. Inventou a dança, usa uma coroa de louros e está sempre carregando um instrumento musical em suas mãos.


Thalia: deusa da comédia, seu símbolo é uma máscara cômica.


Urania: deusa da astronomia, seu símbolo, um globo e um par de compassos.

















“Tudo é uma questão de manter



A mente quieta



A espinha ereta



E o coração tranqüilo...”

Quando ela dança



Quando ela dança
Se livra da máscara mundana,
Deixa para trás seus sapatos, seus compromissos e suas preocupações
Desliza para dentro do veludo e da exaltação
E deixa sua pele envolvê-la gentilmente,
Como uma luva sobre sua alma.

Quando ela dança
Fecha o exterior,
Abre o interior,
Remove tudo aquilo que é estático
E a dança simplesmente vem.

Quando ela dança
Ela viaja,
Volta para os penhascos de Malta ou Creta,
Para os anéis das pedras druidas,
Ou para a caravana que encontra uma caldeira,
Onde o círculo das irmãs que dançam
E o braço dos largos quadris da Terra
Embalam-na carinhosamente de volta para casa.

Quando ela dança,
Alimenta-se dos valores, guardados por séculos
Nas tumbas lacradas das sacerdotisas e rainhas.
Pois a ira e a majestade sensual e vibrante dessas mulheres deve vir à tona dentro dela,
Ela não sabe. Só sabe que se sente assim quando dança.

Quando ela dança, as vezes o passado se une ao futuro,
E tudo que importa é o momento presente, que parece abranger todos os tempos.
Cada passo torna-se uma rede, na qual captura sua vida,
E a ilumina para que os outros possam ver,
Depois a deixa ir, como um sonho.

É verdade que, geralmente, quando ela dança,
Ela mostra cada parte de sua história
Mas outras vezes, quando ela dança,
Sua história desaparece.
Ela é qualquer pessoa que queira ser quando dança.

Quando ela dança,
E os dias passam sem celebração,
Forma-se uma crosta,
Cresce uma aresta e
Ela fica impaciente com os outros e consigo mesma.
Mas quando ela dança novamente, volta para o templo.
A pressão volta ao normal e ela sorri.

Se olhar bem de perto é difícil dizer
Se ela é jovem, velha ou de meia idade.
Ela não tem uma idade específica,
Mas é a eterna donzela,
No corpo de uma mãe,
Com a alma de uma mulher sábia
E ela permitirá que você a veja por dentro
Quando ela dança.